Início A Festa Nunca Termina: fevereiro 2008

Mostra Filmes Polvo tem entrada gratuita

O Cine Humberto Mauro recebe de 28 de fevereiro a 2 de março a I Mostra Filmes Polvo de Cinema e Crítica: entre a reflexão e a realização. Filmes Polvo é uma revista eletrônica de cinema e realiza a mostra, juntamente com o Café com Letras, para comemorar seu primeiro aniversário.

A I Mostra Filmes Polvo de Cinema e Crítica aborda as relações entre a crítica e a realização tanto atual quanto historicamente, com especial enfoque para os críticos que também são ou foram realizadores. Entre os vários curtas e longas-metragens exibidos estão obras de críticos/realizadores como Carlos Reichenbach, Kleber Mendonça Filho, Paulo Augusto Gomes, Tiago Mata Machado, Eduardo Valente, entre outros. Outra atração são os debates e uma mesa redonda com os editores das principais revistas eletrônicas do país.


A mostra tem entrada franca, com retirada de ingressos meia hora antes da sessão.


Programação:

28 QUI
20h CERIMÔNIA DE ABERTURA | Almas Passantes | Crítico

29 SEX
16h RETROSPECTIVA DE CURTAS | Eduardo Valente
17h Conceição – Autor Bom é Autor Morto
19h MESA REDONDA I | O panorama das revistas eletrônicas de cinema no Brasil
21h30 RETROSPECTIVA DE CURTAS | Kleber Mendonça Filho

01 SAB
14h MESA REDONDA II | A Relação entre a crítica de cinema e a realização: o ontem e o hoje – Parte 1
17h Idolatrada
19h SESSÃO DE CURTAS
21h O Quadrado de Joana

02 DOM
14h45 Crítico
16h MESA REDONDA III | A Relação entre a crítica de cinema e a realização: o ontem e o hoje – Parte 2
19h Perdidos e Malditos
20h30 SESSÃO DE ENCERRAMENTO | Filme Demência


Confira as sinopses dos filmes

Confira as informações das mesas redondas

Baixe aqui a programação completa


Serviço:
Evento: I Mostra Filmes Polvo de Cinema e Crítica: entre a reflexão e a realização
Data: 28 de fevereiro a 2 de março
Horário: Confira a programação.
Local: Cine Humberto Mauro
Entrada Franca. Retirada dos ingressos meia hora antes da sessão.
Balcão de Informações: (31) 3236-7400

ex-Chick dá o ar da graça em BH

Foi sem muito alarde que ela apareceu por aqui. Mesmo os mais entendidos da cena eletrônica só ficaram sabendo da apresentação da dj alemã Kiki Moorse dois dias antes da festa, que aconteceu na última sexta-feira (22/02), no clube Roxy. Ao lado dos djs Bittencourt(BH), Atum(SP), Fred Mafra(BH) e da dupla Daniela Caldellas e Danihell Albinati, da banda Digitaria(BH), a ex-integrante do grupo Chicks on Speed mandou bala com um set meio atual, meio retrô, arriscando dizer oitentista. Ela começou a tocar depois da dupla do Digitaria. Chegou com uma pegada forte e um som muito alto! A ponto de fazer uma galerinha se afastar pelas beiradas. Dizendo pra quê veio, mas desconfio que não tenha mantido até o final todo o gás prometido no início da discotecagem.

Kiki Moorse fez parte do trio inicial que inventou a banda Chicks on Speed em 1997. Junto com a novaiorquina Melissa Logan e a australiana Alex Murray-Leslie, então estudantes de arte da escola de Monique, na Alemanha. Elas pintaram e bordaram, literalmente, já que a maioria entendia mais de design de moda do que música. Foi o produtor alemão Tobi Neumann que parece ter dado o sopro musical nas composições das moças.

Kiki agora tá investindo na carreira solo como dj e em um projeto chamado Bad French com Andreas Reihse. O álbum deve ser lançado esse ano, mas algumas músicas já podem ser ouvidas no Myspace deles.

M. Takara em BH

M. TakaraO multi-instrumentista Maurício Takara, membro dos conceituados Hurtmold e Instituto, se apresenta em Belo Horizonte com seu projeto solo, M. Takara, hoje, no Matriz.

O show faz parte da turnê de lançamento de seu terceiro álbum, Conta. Altamente indicado para quem gosta de Hurtmold, São Paulo Underground e música realmente experimental.

A abertura fica por conta das bandas locais Ballet e Foz. O ingresso custa R$ 10 e os shows começam em torno das 21:00.

Eddie Vedder - Into the Wild

No final do ano passado, Eddie Vedder foi convidado por Sean Penn para participar da trilha sonora de seu novo filme, Into the Wild. O filme conta a história verídica de um universitário que abandona tudo, doa suas economias e segue numa caminhada para o Alasca. A estréia brasileira é nesta sexta-feira (aqui em Brasília não rolou), mas não é sobre o longa que vamos falar e sim do CD que surgiu dessa parceria.

Into the Wild é todo de músicas autorais. Neste CD, Eddie se arrisca no folk, que lhe caiu muito bem. Podemos acompanhar além de belas dedilhadas no violão, um banjo e a inigualável voz de Vedder. Algumas músicas me lembraram um pouco do trabalho dele no Pearl Jam. Afinal, são anos e anos de grunge que não podem ser deixados para trás assim de uma hora para outra. São exemplo disso as faixas "Setting Forth", "Far Behind" e "Long Nights".

Do CD, as minhas preferidas são "Rise", que começa com um lindo solo de banjo (coisa que eu nunca pensei que ia gostar) dando uma cara bem folk a música e "Guaranteed" que já é mais tranqüila. Sinto até certa inveja de não conseguir tocar violão tão bem quanto Eddie (eu não toco nada, mas adoraria aprender). Acho lindo quem canta e toca suas próprias músicas.

A música mais radiofônica é "Hard Sun". Ela tem aquele refrão que com certeza você não vai esquecer, sabe? Além disso, é uma das músicas mais longas do Into the Wild, com pouco mais de 5 minutos. Num CD onde as músicas tem mais ou menos 2 minutos, isso é bastante coisa. "Tuolume" integra as músicas com pequena duração. Ela tem apenas 01 minuto, 01 minuto com solo de violão.Composto por 11 músicas, com violão, banjo folk e Eddie Vedder nos vocais, este CD não tinha como ficar ruim.

Aproveite para baixar agora!




Por Alessandra dos Santos

Mostra do Filme Livre 2008

Mostra do Filme Livre 2008Começa hoje, 19 de fevereiro, a 7ª edição da Mostra do Filme Livre, que este ano reúne 280 filmes brasileiros, entre curtas e longas metragens. Ao pensar em "filme livre", o festival coloca a obra audiovisual acima de formatos ou época de produção, buscando principalmente que o público tenha acesso ao que é produzido de forma independente no Brasil.

Assim, a MFL "exibe filmes de todos os formatos, em diversos suportes, durações e gêneros. O foco é a liberdade de expressão audiovisual que gera uma grande variedade de trabalhos". Além das exibições, acontecem debates e sessões comentadas com profissionais da área e pesquisadores, criando espaço para a "difusão, reflexão e valorização do que está sendo feito fora das produções convencionais".

A MFL é realizada pelo Centro Cultural do Banco do Brasil e continua até 9 de março. Toda a programação é gratuita.

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Onde?
Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Primeiro de Março, 66, centro. Rio de Janeiro - RJ

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MFL no Overmundo
/ MFL no Curta o Curta

Por Marcelo Santiago

Brasil bomba na Alemanha

Tropa de Elite não foi o único filme premiado no Festival de Berlim. Outras três produções nacionais também receberam prêmios. O curta Café com Leite, de Daniel Ribeiro ganhou o Urso de Cristal, prêmio dado pelo júri jovem (Generation 14plus). Mutum, primeiro longa da videoartista Sandra Kogut, recebeu menção especial do júri infantil (Genration Kplus). E o curta Tá, de Felipe Sholl, recebeu o Teddy Awards para produções gays.

Foto: Hannibal Hanschke/Reuters

Ps.: Um dia antes, meu professor de Cinema, Paulo Antônio Pereira, uma das pessoas que mais já produziu filmes nesse país, falava de forma enfática - e certa - que o filme de José Padilha não receberia o prêmio. Se a vitória foi merecida ou não, eu não sei, eu sou uma das poucas pessoas que ainda não assistiu (Oh, não!). Mas, errou feio...

Em tempo, a lista com todos os premiados na 58ª edição do Festival de Berlim você confere aqui.


Por Juliana Semedo


Fernanda Takai - Onde brilhem os olhos teus

Depois de elogiar tanto a voz de Fernanda Takai no outro post, eu não poderia deixar de baixar seu CD.

Onde brillhem os olhos teus em minha primeira audição, pareceu-me um CD em que Fernanda estaria cantando músicas das quais ela gostaria de cantar, mas não tinha a oportunidade de fazê-lo no Pato Fu. Reconheci logo as músicas "Insensatez", "Odeon", "Ta-hi", "Debaixo dos caracóis do seus cabelos", "Com açúcar, com afeto" e "Lindonéia".
Até que eu não estava tão errada assim.

Na verdade, o CD foi a idéia de Nelson Motta em homenagear a cantora Nara Leão e viu em Fernanda algumas semelhanças. Convidou-a e ela, claro, aceitou na hora.

Assim como Daqui pro Futuro, Onde brilhem os olhos teus foi gravado no estúdio caseiro de Jonh e Fernanda em Belo Horizonte. O CD trás novas versões para todas as músicas interpretadas por Nara, por isso quem nunca ouviu falar da cantora tem a mesma impressão que eu tive inicialmente.

Como o projeto ganhou vida e notoriedade, Fernanda já está marcando shows paralelos. O primeiro acontece nos dias 08 e 09 de março no Sesc Pinheiros de São Paulo, como noticiado em seu site.

Boa audição!




Por Alessandra dos Santos

Capas...

Enquanto no Brasil as pessoas quase soltam rojões quando a nossa versão da Rolling Stone solta uma boa capa como a deste mês, ao invés de estampar alguma besta do Big Brother ou mais uma modelo semi-retardada entediada com seus milhões, o que dizer da capa da Los Inrockuptibles, versão argentina da revista francesa Les Inrockuptibles, desse mês?


Em meados de 2007, a matriz francesa lançou uma edição com a mesma temática, cuja capa segue abaixo.


Aproveitando o tema, você viu quem está na capa da Rolling Stone chilena deste mês? Alguém que eu entrevistei recentemente para este blog...

Pato Fu - Daqui Pro Futuro

O CD do Pato Fu, Daqui pro Futuro, figurou em algumas listas "Top 10" de 2007. Eu, depois de ouvi-lo, quase concordei com isso. O CD não está ruim. Na verdade, gostei muito, entretanto algumas faixas deixaram a desejar ("Cities in Dust" e "Tudo vai ficar bem"). Acho que a Takai fica melhor cantando em japonês. Também prefiro a voz dela sem nenhum efeito de deistorção por trás, como acontece em "Quem não sou".

Um dos destaques do CD é "Mamã Papá", que é uma música super coruja, barrando até "Coisinha mais bonitinha do pai". "Vagalume" (que acústica deve ficar linda) conta a história da noite sendo iluminada pela pequena estrela do jardim. É uma música doce e ouvindo apenas algumas partes podemos até fazer outras analogias. Se bem que ela devia mesmo era estar no CD do Supercordas.

"Hora da Estrela", que pelo nome me lembrou, claro, Clarisse Lispector, não tem muitas semelhanças com o livro. Enquanto a protagonista do romance vive uma vida sem graça e sem expectativas, na música "ela está pronta pra mudar a sua vida para sempre".

Na música seguinte, o Pato Fu nos chama para sairmos do eixo, para deixarmos uma vida sem graça e vivermos sem preocupações. Pelo menos enquanto escutamos a música esquecemos de muita coisa. "Woo!".

"A verdade sobre o tempo" é auto-explicativa, ela fala justamente sobre a verdade sobre o tempo e é a faixa que dá nome ao CD (no refrão). Já "Nada Original" simplesmente acaba com qualquer relacionamento sem emoções. Imagina dizer para o seu namorado "que você é como um filme ruim, que eu já sei o fim"?!

O Pato Fu que desde o ano passado se tornou independente de vez, gravou Daqui pro Futuro no estúdio caseiro de John e Fernanda. Das 12 músicas, 11 são inéditas para o deleite dos fãs.



Por Alessandra dos Santos

Juno: Trilha Sonora

Uma das razões para Juno ser um dos filmes mais fofos desse começo de ano. (E mais indie também)




Essa música - lindinha -, uma versão da canção "Anyone else but you", do Moldy Peaches, faz parte do álbum que reúne as músicas da trilha sonora do filme. Aliás, o álbum não traz os grandes clássicos que podem ser ouvidos no filme: David Bowie, Stooges e Hole. Dos nomes mais famosos, ficaram Sonic Youth ("Superstar"), Cat Power ("Sea of love") e Belle and Sebastian ("Piazza, New York Catcher e Expectations"). De resto, o álbum apela para o indie folk bem legalzinho e divertido, com várias músicas de Kimya Dawson, ex-vocalista do Moldy Peaches. Vale a pena ouvir (baixar) e se apaixonar!

Por Juliana Semedo

Use canetas Bic e um pouco de imaginação

O que se pode fazer com uma caneta Bic além de escrever?! O site Design Boom reuniu alguns trabalhos de designers malucões que mostram que, além de sua função original, é possível dar asas à imaginação e inventar coisas divertidas e bizarras. Os inventos vão desde simples talheres até luminárias bem elaboradas.



É muita criatividade por esse mundo afora!

Por Juliana Semedo

Velhos e Usados

Dizem que a propaganda é a alma do negócio e o pessoal que pensa assim está bem certo. Foi mais ou menos por aí que a banda Velhos e Usados começou a divulgação de seu primeiro CD, o Híbrido.

Tudo começou com uma série de e-mails desenvolvidos pela banda para aguçar a curiosidade do público.O que seria esse tal de Híbrido? Por que esperar até dia 1° de fevereiro para descobrir, se estamos em janeiro ainda ? O que será que ele tem tão especial? Essas foram algumas das perguntas formuladas pelas pessoas que recebiam os e-mails.

Foi criado um site; um fórum; depois do fórum, um vídeo; e o segredo foi revelado.

Mas antes de continuarmos, você sabe o que quer dizer a palavra "híbrido"? Eu também não sabia, então saí correndo ao dicionário para descobrir. Híbrido nada mais é que uma coisa que tem várias origens. Levando isso para o meio musical, o Velhos e Usados é isso. Os meninos tocam MPB com rock, uma mistureba que vale muito a pena escutar.

Antes mesmo de se chamarem Velhos e Usados (a banda se chamava Patuléia, mas teve que trocar de nome devido a uma homonímia) eu já conhecia o trabalho deles. É maravilhoso escutar o CD e ver o quanto eles cresceram. Nos arranjos, no som, nas finalizações e até nas vozes de Diego e David (eles alternam nos vocais).

Para mim é difícil escolher uma faixa como destaque, entretanto "Jeans", "Reflexões Voláteis" e "Trapos, remendos e azul", realmente chamaram a minha atenção. Destaqe também para as novas roupagens para as músicas "Carneiro e o Leão" e "A Menina dos olhos da cor do cabelos", presentes na demo.

Bom, a dica fica e o CD está disponível para download, mostrando mais uma vez que a internet está aí.

Velhos e Usados é Diego Marx (guitarra, voz, voilão, banjo e programações), David Murad (guitarra e voz), Marco Pessoa (batera), Artur Lôbo (baixo) e Rodrigo Cavallare (teclados, escaleta, backing vocal e programações).

Por Alessandra dos Santos

Juno

Acreditem em mim: Juno é, sim, um filme bacana! E seu maior mérito não se concentra apenas em sua trilha sonora, que vai de Stooges a Hole, passando por ícones do indie como Sonic Youth e Belle and Sebastian. Divertido, boas atuações, tiradinhas bem-humoradas, tudo isso com direito a uma lição de moral nada piegas, mas daquelas que você sai do cinema um pouco mais feliz e acreditando que resta alguma salvação para a humanidade. Por causa disso, não seria exagero afirmar que o filme do canadense Jason Reitman (Obrigado por fumar) é o Pequena Miss Sunshine do ano. Além de tudo, assim como o filme da excêntrica família da kombi amarela, Juno concorre ao Oscar de Melhor Filme com filmes de peso, como o badalado Desejo e Reparação, premiado com o Globo de Ouro de Melhor Filme, Sangue Negro, que traz Daniel Dey-Lewis como protagonista, e Onde os Fracos Não Têm Vez, dirigido pelos já consagrados irmãos Coen.


Eu confesso que, de início, o filme não despertou em mim interesse, mas, sim, uma certa preguiça e não tenho o menor problema em assumir que, além da trilha sonora, outros dois motivos contribuíram para que eu enfrentasse a pré-estréia em pleno carnaval: a foto da personagem principal com um telefone em formato de hambúrguer- um dos meus sonhos de infância era possuir um - e o cartaz do filme. No entanto, depois de assistí-lo, Juno me surpreendeu. E seu maior mérito não se concentra em sua trilha sonora. O grande trunfo de Juno é a originalidade e a leveza ao abordar como ponto de partida um tema tão batido como a gravidez na adolescência e a imaturidade de uma jovem assumir tão cedo o papel de mãe. E isso é conquistado por dois motivos: a forma pouco convencional e nada densa como os personagens encaram a gravidez da adolescente que dá nome ao filme e o humor satírico tão presente nas obras de Reitman.


Juno (Ellen Page) é uma garota de 16 anos que foge aos padrões das adolescentes de sua idade. Não se encaixa em padrões como o da garota nerd esquisita e nem às gostosonas teenagers. É uma mistura dos estilos indie e grunge, sendo que esse último é representado pela camisa xadrez que a acompanha em quase todas as roupas. É uma menina espirituosa, é ela a dona das sacadinhas mais legais do filme, e dotada de grande personalidade. O filme tem início com Juno fazendo, pela terceira vez o teste de gravidez, e relembrando de forma sarcástica a sua primeira vez. Juno encara o fato de uma forma pouco convencional, com uma coragem invejável a qualquer garota que na sua idade descobrisse grávida de um cara que sequer era seu namorado. Não tinha maturidade para ter um filho. Fato. E ela estava certa disso. Para se desfazer da criança, Juno encontra uma solução bastante incomum: doar a criança a um casal que se dispusessem adotá-la. Sem rodeios, Juno explica a situação aos pai e à madrasta, com a qual tinha um certo distanciamento. E uma reação que poderia ser de desespero é vista por eles de forma compreensiva.

É aí, que Juno conhece Vanessa, interpretada pela linda Jennifer Garner, e Mark (Jason Bateman), um casal rico e excêntrico - yuppie seria a caracterização cabível - disposto a adotar a criança. Vanessa parece se sentir muito mais atraída pela idéia de ser mãe do que Mark. O homem, cujo sonho era se tornar um astro do rock, parece viver sufocado pelas imposições da mulher.

O filme não opta por uma discussão moralista de afirmar que a escolha de Juno é certa ou errada, e é aí que ele encontra sua sacada. A chegada de uma criança faz com que transformações ocorram na vida dos envolvidos. Juno passa por um processo de amadurecimento, descobre-se apaixonada pelo pai de seu filho e se aproxima de sua madrasta, e o casal passa a questionar se estava preparado para adotar uma criança. Dessa forma, o nascimento pode ser encarado como uma metáfora de mudança e de aparecimento uma nova realidade. De fato, o nascimento de um bebê é prenúncio de coisas boas.

Conclusão: Saí do cinema cantando Belle and Sebastian, enxergando o mundo de uma forma mais amena e feliz. Nada mal para uma terça-feira de carnaval, em uma cidade na qual a maior diversão na folia de rei Momo é o bom, velho e barato cinema.

PS.: Tentei assistir ao filme no BH Shopping, os ingressos estavam esgotados. Acabei vendo no Ponteio. Ironia ou não, logo depois assisti ao denso, tenso e intenso 4 meses, 3 semanas e 2 dias, que tem como ponto de partida um aborto. Uma chapuletada no estômago, saí engasgada. Brilhante!

Em tempo, Juno concorre ao Oscar em quatro categorias: Melhor Filme, Direção, Roteiro (Diablo Cody) e Atriz (Ellen Page)

Por Juliana Semedo

Smashing Pumpkins - American Gothic

Após o controverso retorno do Smashing Pumpinks em 2007 com o álbum Zeitgeist - amado por uns e odiado por outros - Billy Corgan não se sentiu satisfeito e em poucos meses preparou um EP temático em complemento ao álbum. Longe do peso e da distorção de Zeitgeist, American Gothic, o EP em questão, traz a "banda" em formato semi-acústico com canções românticas e tristes, alcançando uma sonoridade pop inexistente em seus últimos trabalhos.

Se a intenção era retratar o modo como Corgan vê sua América atualmente, a impressão que temos é a de alguém decepcionado e cansado, com seu amor nostálgico e um estranho gosto pela dor. Versos como "we're giving back the dream... even angels sleep sometime" ("estamos devolvendo o sonho.. até mesmo anjos dormem às vezes"), em "Pox", segunda faixa do EP, reforçam essa idéia.

Quase não se ouve o som de guitarras nas 4 faixas (ao todo, cerca de 18 minutos) que formam o EP. Os violões estão em primeiro plano e teclados podem ser percebidos em alguns momentos, sendo que até mesmo a bateria de Chamberlim está mais contida, mantendo o ritmo mais lento, como em "The Rose March", música que abre American Gothic.

Se comparado com seus álbuns e EP's anteriores, American Gothic representa de certa forma um atraso para o Smashing Pumpkins por não apresentar nada de novo em sua sonoridade e sequer conseguir remeter aos melhores momentos da banda ao longo dos anos 90, no máximo se aproximando das canções mais pop e singelas de Machina / The Machines of God e Zeitgeist.

As aspas na "banda", no primeiro parágrafo, são justificadas pelo fato de Corgan ter gravado todos os instrumentos (algo que se suspeita também ter acontecido durante as gravações de algumas músicas da banda no passado), exceto a bateria, à cargo de Jimmy Chamberlin (único membro original da banda com quem Corgan manteve uma relação ao longo dos anos). Os dois também assinam a produção do CD, gravado durante o intervalo na turnê no fim de 2007.

American Gothic foi lançado apenas na internet no dia 1 de janeiro deste ano e chega às lojas do exterior, no formato CD, na próxima semana. Uma versão especial de Zeitgeist, à venda no iTunes, também inclui o EP como bônus.

Faixas:
01. the rose march / 02. pox / 03. again, again, again (the crux) / 04. sunkissed

Download

Por Marcelo Santiago

Mallu Magalhães

MalluSemana passada criou-se um grande alvoroço em vários blogs "musicais" por conta de uma menina de 15 anos. Mallu Magalhães, mesmo sendo apenas uma adolescente que estuda simplesmente por causa dos pais, já tem o talento de uma mulher.

A menina tem ainda uma voz infantil, mas já encanta qualquer um que curta um "indiezinho". Ela começou sua pequena carreira abrindo (ano passado) o show de uma de suas bandas favoritas, a Vanguart. Palmas para Hélio Flanders!

Mallu ainda tem poucas músicas. Estão em sua página no myspace apenas quatro. Destaque para "Tchubaruba final", que é uma música simplesmente feliz. Ela nos chama para cantar o "tchubaruba" mesmo estando tristes, mesmo sem saber cantar, mesmo sem saber quem nós somos, o legal mesmo é cantar. Ela já está compondo músicas em português. Uma delas em homenagem a quem lhe abriu as portas, "Vanguart".


As influências são diversas e vem principlamente dos anos 60, do movimento tropicalista, de Andy Warhol e sua Pop Art, Johnny Cash, o homem de preto... Ela realmente tem bom gosto.

Com seus óculos retrô, sua impulsividade e enorme talento, Mallu chama atenção e realmente tem uma grande carreira pela frente.

Por Alessandra dos Santos

Bob Dylan no Brasil...

... notícia boa

Se os ingressos do show de Dylan em São Paulo estão caros, a boa notícia é que para a apresentação do cantor folk no Rio de Janeiro, o mais caro não custará mais que 300 reais. Isso foi o que Willian Crunfli, sócio da Mondo, a empresa que está trazendo Bob Dylan ao país, disse ao blogueiro do Folha Online, Thiago Ney.

No Rio, Dylan se apresenta no dia 8 de março na Arena Rio, um espaço com capacidade de de abrigar de 8 a 10 mil pessoas. Muito diferente do Via Funchal, que tem espaço para 2.400 pessoas.

Os ingressos para a apresentação no Rio começam a ser vendidos a partir do dia 11 fevereiro.

[agora ficou mais fácil de ver Dylan e, de quebra, ainda conhecer o Rio]

Por Juliana Semedo

Bob Dylan no Brasil...

...e a [im]possibilidade de eu ir ao show.


Pasmem! O preço das entradas para assistir ao Bob Dylan no
Via Funchal variavam de 250 a 900 reais. Isso mesmo! Um verdadeiro absurdo. Pior ainda: para a primeira apresentação, as entradas mais baratas - 250 reais -, na platéia lateral, já esgotaram e, dizem por aí, que as de 400 reais, estão na reta final.

Fiquei mais triste ainda, quando vi no blog do Matias, o set list de um dos shows da turnê.

1. Rainy Day Women # 12 & 35
2. Don't Think Twice, It's All Right

3. Watching The River Flow

4. Just Like A Woman
5. Rollin' and Tumblin'
6. When The Deal Goes Down

7. Things Have Changed
8. Tangled Up In Blue

9. Spirit On The Water
10. Highway 61 Revisited

11. Desolation Row

12. Most Likely You Go Your Way (And I'll Go Mine)

13. Nettie Moore

14. Summer Days

15. Masters of War

16. Thunder On The Mountain

17. All Along the Watchtower


Segundo Paulo Terron, do With Lasers, o público que comprou o ingresso da apresentação de Dylan na Argentina para os lugares VIP - aqueles mesmo que saem a 900 aqui - pagaram o referente a 280 reais, o que me deixa ainda mais revoltada. Os produtores do cara estão ensandecidos.

Eu sabia que não ia ser fácil conseguir ver o show, mas ao saber do preço do ingresso, tornou-se uma tarefa impossível.

Em tempo: Bob Dylan apresenta-se nos dias 05 e 06 de março, às 22h, no Via Funchal, em São Paulo.

Por Juliana Semedo

Download: CD's que vazaram em janeiro de 2008

Smashing Pumpkins - American Gothic EPThe Mars Volta - The Bedlam in Goliath
The Smashing Pumpkins - American Gothic (EP)
Cat Power - Jukebox
Miss Kittin - Batbox / resenha
Stephen Malkmus & The Jicks - Real Emotional Trash
Sons And Daughters - The Gift
Los Campesinos! - Hold On Now, Youngster...
Black Mountain - In the Future (CD 1 - CD 2)
Vampire Weekend
Hot Chip - Made in the Dark
Bob Mould - District Line (senha= "maldita")
Andrew Bird - Soldier On (EP)
British Sea Power - Do You Like Rock Music?
The Magnetic Fields - Distortion
Nada Surf - Lucky