Início A Festa Nunca Termina: janeiro 2008

Carnaval em BH ou fuga do carnaval em BH

Para aqueles que, assim como eu, por falta de opção, de grana ou por simplesmente não se interessarem pelas folias de Rei Momo regadas atualmente por axé e funks ruins [ufa!], ficarão em BH nos próximos cinco dias, uma boa pedida é o CarnaHell 2008, promovido pela Mary in Hell, ou Mary, para os íntimos.
Sim, o inferninho poser, metidinho a moderninho - ainda - mais bacanudo da capital mineira, promove a partir de hoje um evento alternativo, provavelmente recheado de muito electro, um pouco de new rave e alguns resquícios de indie rock.



Nada muito diferente da programação habitual da casa, mas ainda assim, é melhor do que passar em casa.


[e eu sigo revoltada por não poder me isolar na praia este ano]

Por Juliana Semedo

Miss Kittin - Batbox

Miss Kittin e sua camisetinha kitschQuatro anos após lançar sua estréia solo, I Com, a francesa Miss Kittin, acaba de lançar Batbox, seu segundo CD com faixas inéditas. Um dos maiores ícones do electro, Kittin ficou bastante famosa no início desta década com o hit "Frank Sinatra", fruto de sua parceria com o produtor The Hacker.

No meu caso, tenho que admitir, tudo o que conhecia de sua obra até o momento terminava por aqui.

Sendo assim, não há como comparar Batbox com seus inúmeros singles, EPs e demais remixes lançados até hoje. Os ouvidos que neste exato momento escutam "Barefoot Tonight", uma das músicas mais viciantes do álbum, são, portanto, crus. É um primeiro contato com o trabalho solo da produtora e cantora e, é preciso dizer, o resultado soa muito melhor do que o electro minimalista kitsch de "Frank Sinatra".

Electroclash ainda é uma boa definição para o som, sendo que a própria Miss Kittin certa vez definiu o estilo como "uma revitalização do som dos anos 80 misturado com techno". Algo como technopop e synthpop mais pesado e bem produzido, com sintetizadores sem medo da distorção.

No caso do novo CD de Kittin, adicione também batidas com o grave super estourado e uma certa estética gótica, visível na arte gráfica do álbum (criada por Rob Reger, o mesmo da personagem Emily) e perceptível no clima soturno de algumas canções, como a sutil guitarra de "Grace" e o baixo distorcido de seu refrão, além do vídeoclipe de "Kittin is High", que mais parece uma versão do game Castlevania.

Capa do CD Batbox"Pollution of the mind" é a típica faixa pronta para ser remixada por milhares de pessoas, à espera de enxurradas de batidas sobre suas bases; "Metalhead" é uma das mais minimalistas do álbum, apenas batidas e ruídos alcançando um bom resultado até mesmo para as pistas; um contraponto à "Barefoot Tonight", que se aproxima bastante do que uma banda de rock com influências eletrônicas poderia fazer (batida seca, baixo saturado definindo a melodia, sintetizadores discretos) e à "Kittin is high", o primeiro e excelente single.

Se Trent Reznor resolvesse balançar sua bundinha malhada em inferninhos pan-sexuais com seu Nine Inch Nails, o fruto da empreitada provavelmente seria próximo do que ouvimos em "Machine Joy" (eu juro, consigo até imaginar o videoclipe!), nona faixa das 13 que compõem Batbox. Quem se interessar pelo lado mais pop e calmo de Kittin, "Play me a tape" e "Solidsarockstar" (que, não sei bem porque, me lembra Luscious Jackson) são as mais indicadas. Já a faixa-título, segunda do álbum, é a que mais se aproxima do synthpop revitalizado, tendo como base uma linha de sintetizador bem oitentista e bateria direta e simples.

As letras não são o forte, como era de se esperar. Mesmo assim algumas boas sacadas libidinosas são encontradas pelo caminho, mas única coisa de que me lembro é "I wanna be your groupie". Come on!

> >

Download

Com pouco tempo ou muita preguiça? Faça o download de:
- Kittin is high
- Barefoot tonight
- Playmate of the century
- Machine Joy
- Solidsarockstar

> >

Dizem que parece com:
Peaches / Ellen Allien / Ladytron

> >

MySpace
Site Oficial
Página no site brasileiro da gravadora EMI

> >

Escute "Barefoot tonight"


Vídeo de "Kittin is high", primeiro single


Por Marcelo Santiago

Panico na new rave tropical

Até ser anunciada como uma das atrações do festival Rec-beat 2008 a banda chilena Panico era uma ilustre desconhecida para o público brasileiro, incluindo a maioria dos amantes da música alternativa. Logo em seguida à divulgação dos shows da banda no Brasil (3 de fevereiro na Clash, em São Paulo, dia 4 no Rec-Beat) começaram as comparações com o atual grande ícone da música alternativa brasileira, o Cansei de Ser Sexy, dizendo que o Panico era o equivalente chileno da banda.

Panico
Comparações à parte, o Panico apresenta um rock dançante e com forte influência eletrônica, duas características básicas da onda new rave que agrega bandas como Klaxons, CSS, New Young Pony Club e até mesmo Digitalism. Pós-punk e disco também estão presentes no som da banda (além do indefectível cowbell, presente nas músicas de 8 em cada 10 bandas que fazem rock dançante nos dias hoje).

Espécie de mistura anfetaminada (não por acaso, "Anfetamido" é o nome de um dos singles de maior sucesso da banda) de The Rapture, Los Saicos e LCD Soundsystem, a banda foi formada há quase 15 anos por Edu (vocal) e Carolina (baixo/vocal), que em seguida chamaram os amigos Memo (guitarra), Seba (bateria) e Squatt (DJ). Alcançaram maior reconhecimento a partir de 2005, quando lançaram o álbum Subliminal Kill e se enquadraram no revival pós-punk/new wave realizado no "novo rock" em voga nesta década.

Radicada na França, para onde se mudaram após assinar contrato com o selo TigerSushi, a banda vem se apresentando por diversos países da Europa e tem no currículo alguns shows como banda de abertura do Franz Ferdinand. Atualmente preparam seu novo álbum, cujo lançamento é previsto para este ano.

"Transpira-lo", do Panico



Na entrevista abaixo o vocalista Edu comenta um pouco da trajetória da banda, as comparações com CSS e explica o que é o "rave rock tropical", definição criada pela banda para definir seu som.

A Festa Nunca Termina: O site da banda (www.panico-band.com) está fora do ar, então quase tudo que sei sobre a banda consegui através do MySpace ou do site da Tigersushi (o nome da banda também não ajuda muito em pesquisas via Google). Você poderia falar um pouco sobre o início da banda, como e quando ele foi criada e por que vocês trocaram o Chile pela França?
Edu: A banda foi criada em 1994. Começamos como uma banda punk e lançamos quatro trabalhos no Chile entre 94 e 2000. Tínhamos nosso próprio selo, Combodiscos, e tudo que fazíamos era bem punk, bem "faça você mesmo". Em 2001, assinamos com um selo francês e nos mudamos para Paris. Em 2005, lançamos Subliminal Kill pela Tigersushi e foi a partir daí que começamos a tocar pelo mundo.

O primeiro álbum da banda foi lançado em 1997, certo? Quais as principais diferenças entre o som feito por vocês naquela época e o atual?
No início fazíamos música inspirada pela cena rock de Nova York, com letras bem ingênuas. Uma espécie de "dada punk". Depois nos aproximamos do indie rock e quando sentimos que estávamos rock 'n' roll começamos a misturar coisas eletrônicas, dance music. No Subliminal Kill todas as canções são trabalhas em torno da bateria e das linhas de baixo, buscando um resultando entre dance music e new wave.

Panico ao vivoComo você define o termo "tropical rave rock", usado para classificar a banda no MySpace?
É uma coisa besta. Nós gostamos de dançar e de ecstasy, gostamos de música tropical alternativa e somos uma banda de rock...

Parte da imprensa brasileira está chamando o Panico de "o Cansei de Ser Sexy do Chile". O que você acha disso?
Legal. Gosto de CSS. Eu diria que podemos ser comparados pelo fato de ambas serem bandas alternativas latinas que fazem uma mistura de rock ocidental com música latina. Não há muitas bandas latinas tocando na Europa e nos Estados Unidos.

Os álbuns do Panico foram lançados no Brasil ou há planos para isso?
Não sei... é nossa primeira viagem ao país e será a oportunidade para checar se as pessoas conhecem nossa música por aí.

No Brasil existem diversos sites e blogs sobre música alternativa, mas a maioria deles dá pouco espaço para as bandas sul-americanas. Essa situação é diferente no Chile, existe um senso maior de integração no meio musical?
Eu diria que no Chile as pessoas têm orgulho de sua música, escrevem e falam bastante sobre as bandas locais. A cena é extensa, existem muitas bandas, selos e sites. O problema é que não há uma difusão para fora do país... tudo permanece essencialmente local...

Por Marcelo Santiago

Coachella 2008

pôster Coachella 2008Coachella é um dos maiores festivais de música do mundo, focado no rock mezzo alternativo e eletrônica, e acontece desde 1999 na cidade de Indio, na Califórnia. A cidade está localizada em meio ao deserto, no Coachella Valley, daí o nome do festival.

Famoso por suas extensas e ótimas escalações, o festival reúne todos os anos alguns dos mais importantes nomes da música contemporânea e bandas em ascensão no meio alternativo. Em suas edições já se apresentaram bandas como Radiohead, Tool, The Cure, Black Rebel Motorcycle Club, Björk, Daft Punk, Depeche Mode, The Chemical Brothers e Nine Inch Nails. Nos últimos anos o Coachella também se destacou por ser palco de importantes retornos como o do Rage Against The Machine, The Jesus and Mary Chain (ambos em 2007) e Pixies (2004). Este ano o festival apresenta a volta de um dos maiores ícones do britpop, o The Verve.

A programação de 2008, divulgada em 21 de janeiro, deixa a desejar se comparada com as dos anos anteriores, mas mesmo assim é melhor do que a grande maioria dos festivais que acontecem ao redor do mundo. Talvez a maior decepção seja os headliners escolhidos: Roger Waters, Jack Johnson e Portishead. Para quem teve bandas como Radiohead, Tool, Nine Inch Nails e The Cure como headliners em edições passadas, é um declínio e tanto.

A banda brasileira Bonde do Rolê está na programação e se apresenta no segundo dia do festival. Diversos artistas que se apresentaram no Brasil em 2007 também estão no Coachella deste ano, a maioria deles ligada à cena musical eletrônica: Battles, The Field, Booka Shade, Spank Rock, Data Rock, Hot Chip, Mark Ronson, Fatboy Slim, Boys Noize e outros.

O Coachella 2008 acontece de 25 a 27 de abril e o ingresso para cada um dos dias custa $90. Comprando o passaporte para os três dias você economiza um dólar ($269)!.

Programação (bandas altamente indicadas estão em negrito):

25 de abril

Jack Johnson, the Verve, the Raconteurs, the Breeders, Fatboy Slim, Tegan & Sara, Madness, the Swell Season, the National, Animal Collective, Slightly Stoopid, Múm, Pendulum, Sharon Jones & the Dap Kings, Stars, Battles, Aesop Rock, Midnight Juggernauts, Does It Offend You, Yeah?, Minus The Bear, Spank Rock, dan le sac VS Scroobius Pip, Diplo, Adam Freeland, Santogold, Jens Lekman, John Butler Trio, Vampire Weekend, Dan Deacon, Architecture In Helsinki, Sandra Collins, Busy P, Cut Copy, Black Lips, Datarock, Professor Murder, Reverend & the Makers, the Bees, Porter, Rogue Wave, Modeselektor, American Bang, Lucky I Am.[3]

26 de abril

Portishead, Kraftwerk, Death Cab for Cutie, Cafe Tacuba, Sasha & Digweed, Rilo Kiley, Dwight Yoakam, M.I.A., Hot Chip, Cold War Kids, Stephen Malkmus & the Jicks, DeVotchKa, Flogging Molly, Mark Ronson, Turbonegro, Scars On Broadway, Islands, Enter Shikari, Calvin Harris, Boys Noize, Junkie XL, Cinematic Orchestra, Jamie T, the Teenagers, VHS or Beta, Carbon/Silicon, Erol Alkan, Yo Majesty!, Little Brother, Bonde Do Role, St. Vincent, Akron Family, MGMT, Institubes djs, Surkin Para One and Orgasmic, James Zabiela, Kavinsky, Dredg, the Bird and the Bee, Grand Ole Party, New Young Pony Club, 120 Days, Yoav, Electric Touch, Uffie

27 de abril

Roger Waters, Love and Rockets, My Morning Jacket, Spiritualized, Justice, Gogol Bordello, Chromeo, The Streets, Metric, Danny Tenaglia, Simian Mobile Disco, Booka Shade, Murs, Dmitri From Paris, Autolux, The Field, Linton Kwesi Johnson, Les Savy Fav, The Cool Kids, Sons & Daughters, Sia, Holy Fuck, Black Kids, Black Mountain, The Annuals, Kid Sister with A-Trak, Man Man, Duffy, I'm From Barcelona, Manchester Orchestra, Deadmau5, The Horrors, Austin TV, Shout Out Louds, Platiscenes, Brett Dennen.

Por Marcelo Santiago

Os melhores álbuns de 2007 segundo a Poplist

A Poplist é uma espécie de grupo de discussão virtual semi-secreto que reúne alguns dos mais importantes jornalistas musicais do país, músicos e produtores. Fazem parte da lista pessoas ligadas a importantes meios de comunicação como Estado de S. Paulo, Alto-Falante e Veja, e também membros de iniciativas interessantes como Trama Virtual e Coquetel Molotov. Eu também faço parte do grupo, graças ao Meio Desligado.

A lista abaixo reúne os cd's mais votados pelos membros da Poplist, que escolheram seus álbuns favoritos lançados em 2007 (os álbuns em preto são aqueles nos quais também votei).

Radiohead. Pra variar, vencedores
1. Radiohead - In Rainbows
2. Wilco - Sky Blue Sky
3. Beirut - The Flying Club Cup
4. Animal Collective - Strawberry Jam
Beastie Boys - The Mix-Up
LCD Soundsystem - Sound of Silver
5. Spoon - Ga Ga Ga Ga Ga Ga
6. The National – Boxer
Of Montreal - Hissing Fauna, Are You The Destroyer?
7. The Apples in Stereo - New Magnetic Wonder
Battles – Mirrored
Justice - +--
8. Queens Of The Stone Age - Era Vulgaris
9. Black Lips – Good Bad Not Evil
10. Jens Lekman - Night Falls Over Kortedala
11. Arcade Fire - Neon Bible
Salem Al Fakir - This is Who I am
Smashing Pumpkins – Zeitgeist
12. Black Rebel Motorcycle Club - Baby 81
Paul McCartney – Memory Almost Full
13. 65daysofstatic - Destruction of Small Ideas
Budos Band - II
Dinosaur Jr. – Beyond
The Eternals – Heavy International
Grant-Lee Phillips – Strangelet
The Orchids - Good To Be a Stranger
Wooden Shjips
14. !!! - Myth Takes
Arctic Monkeys - Favourite Worst Nightmare
The Clientele - God Save the Clientele
Idlewild - Make Another World
Klaxons - Myths of Near Future
Mr. Hudson & The Library – A Tale of Two Cities
Pelican – City of Echoes
15. Andrew Bird - Armchair Apocrypha
Balkan Beat Box – Nu Mes
Digitalism - Idealistic
Liars
Mark Ronson - Version
The Micragirls - Feeling Deezy, Honey
Raveonettes - Lust Lust Lust
Sandro Perri - Tiny Mirrors
Thurston Moore - Trees Outside the Academy
White Stripes - Icky Thump
16. Blonde Redhead - 23
Dave Gahan – Hourglass
Feist - The Reminder
A Hawk and a Hacksaw - A Hawk and a Hacksaw & the Hun Hangar Ensemble
Jason Isbell – Sirens of the Ditch
Neil Young – Chrome Dreams II
Sigur Ros - Hvarf-Heim
17. Apparat - Walls
Burial - Untrue
Daddy Yankee - El Cartel: The Big Boss
Deerhoof - Friend Opportunity
Fog - Ditherer
Kevin Drew - Spirit If...
Luces - Babasonicos
Mika- Life in Cartoon Motion
Nick Lowe - At My Age
Samara Lubelski - Parallel Suns
Tom Petty - Highway Companion
White Rabbits - Fort Nightly

Escrito por Marcelo Santiago

The Twelves, Killer on the Dancefloor e mais para o final de semana

The TwelvesNesta quinta-feira, 24 de janeiro, a dupla carioca The Twelves despeja seus remixes eletrônicos em Belo Horizonte em festa junto à banda local Digitaria (atulmente também uma dupla), no Deputamadre. Bastante influenciados por nomes como Daft Punk, MSTRKRFT e Justice, a dupla se apresentou no Nokia Trends 2007 (junto a She Wants Revenge, Phoenix e outros) e fechou a apresentação do LCD Soundsystem no Rio de Janeiro. Elogiados pela crítica nacional e estrangeira, principalmente sites e blogs, The Twelves despertaram a atenção do mundo com o remix de "Boyz", da M.I.A., e posteriormente fizeram uma versão sob encomenda para a música "Get lucky", do New Young Pony CLub.
Digitaria é nome conhecido na cena electro rock e faz parte do cast do selo alemão Gigolo Records, tendo se apresentado em diversas cidades brasileiras e européias.

Envie seu nome para dejoteca@gmail.com até as 20hrs da quinta-feira e entre para a lista amiga, pagando R$ 10 (mulheres) ou R$ 15 (homens). A festa começa às 23 hrs e conta com mais dois Dj's. O Deputamadre fica na Av. do Contorno nº2028, Floresta, Belo Horizonte. Telefone: 8822-1111

Killer on the dancefloor em BHNa sexta-feira uma boa opção é a festa Psychocandy, n'A Obra. A descrição da festa promete "indie, rock, pop e eletrônicos" e com um nome desses, referência ao clássico álbum de estréia do Jesus and Mary Chain, a expectativa é das melhores. A partir das 23 hrs, R$ 10.

Preferindo eletrônica, Killer on the Dancefloor pode ser uma boa pedida. Os dj's paulistas vêm sendo bastante elogiados por seus mash ups e pela mistura de estilos que promovem nas pistas e se apresentam em Belo Horizonte na Roxy. Na mesma noite tocam os dj's Bitt, Bill, Fael e Camilinha. R$ 30 para homens, R$ 20 para mulheres. Para quem não sabe ou tem preguiça de clicar no link da Roxy acima, a boate fica na Rua Antônio de Albuquerque nº729, Savassi, ao lado do Café com Letras.

Sábado está um pouco mais fraco, procure algo para fazer! Mas se rebolar for seu vício, a Mary In Hell promove a festa "We Dance Together", que promete "rock pop 80's electro hits" (ou seja, o mesmo de sempre) e tem os dj's Fael, Leo Lima, Marck Field e Fefê Lara. Pode até ser ruim, mas tirar o nome da festa a partir da excelente música do The Rakes (provavelmente a melhor canção já feita pela banda) demonstra no mínimo um pouco de bom gosto. R$ 10.

Sobre o domingo escrevo depois. Já viu as horas?

(atualizado no dia seguinte)

Para a surpresa geral, teremos shows "assistíveis" em Belo Horizonte neste domingo. A banda americana de punk Defect Defect (uma das atrações do 16º Festival de Hardcore de São Paulo) toca na Obra ao lado da Irônika (de BH, atração do Grito Rock Sabará) e da paulista Busscops. R$ 8, a partir das 22:00 hrs.

Por Marcelo Santiago

Vídeo solo de Thurston Moore, do Sonic Youth

Que tal ver o guitarrista e vocalista do Sonic Youth em um vídeo tocando violão sentadinho ou brincando com um cão fofinho? Bem, não será desta vez, mas em "Fri/End", novo single do álbum solo de Thurston Moore, chegamos quase lá.

Mais acessível do que qualquer canção do Sonic Youth, "Fri/End" mantém muita semelhança com a banda principal de Moore (e com Pavement e Yo La Tengo), mas acaba por parecer demais com milhares de bandas de indie rock existentes em cada esquina, falta "identidade" (tão característica no Sonic Youth).

O vídeo é repleto de imagens sobrepostas e está próximo de alguns trabalhos de vídeo-arte, o que não é novidade ao analisarmos o histórico de Moore.

Assista e tire suas próprias conclusões.



Por Marcelo Santiago

Leia antes de ouvir : 1001 discos para ouvir antes de morrer

Livro: 1001 Albums You Must Hear Before You Die
Autor: Robert Dimery e Michael Lydon.
Editora: SEXTANTE / GMT.
Ano: 2006
Edição: 1
Número de páginas: 960
Acabamento: Brochura
Formato: Médio
Faixa de preço: R$ 43,80 a R$ 59,90.


Esta foi minha grande descoberta da semana, 1001 discos para ouvir antes de morrer, uma super coletânea que traz os álbuns mais bacanas de todos os tempos em ordem cronológica; (ressaltando: listas como esta são sempre, sempre questionáveis). Foi lançado há cerca de 3 anos nos EUA, mas só no fim de 2007 chegou aqui no Brasil. Ele abrange/explora à fundo a história da música, desde a origem do rock'n'roll nos anos de 50 até os dias atuais, e apesar da obra ser dedicada ao rock'n'roll especificamente, ela passa por estilos variados (traz boas indicações de música pop, música experimental, jazz, blues, heavy metal, punk, disco, soul, hip-hop, folk, dance e etc.).

Para o ''1001 discos...", se reuniram 90 jornalistas e críticos de música reconhecidos, trazendo em destaque (é claro!) o editor geral do livro, o jornalista Robert Dimery (escritor e editor independente que participou da produção de vários livros, entre eles o conhecido 24 Hour Party People; além disso Robert é colaborador de algumas revistas de prestígio, como a Vogue e a Time Out); também temos que lembrar de Michael Lydon (crítico musical desde os anos 60, editor e um dos fundadores da revista Rolling Stone e escritor de grandes biografias como a de John Lennon e Paul McCartney)

Analisando a ''lista'' posso dizer que vejo alguns ''previsíveis'' excessos...em 1° lugar vem Beatles e Bowie empatados cada um com 7 álbuns, em 2° Bob Dylan e Rolling Stones com 6 álbuns e por fim em 3° o Radiohead que vem com nada mais nada menos que 5 de seus 7 álbuns (deixaram de incluir apenas o 1° álbum deles o Pablo Honey e o último o In Rainbows que foi lançado a pouquíssimo tempo). Nesta suuuper reunião de discos, seria sem dúvidas, uma tremenda injustiça não haver nenhum representante brasileiro. Mas existe!


Eis então uma listinha dos 18 representantes:



João Gilberto:
"Getz & Gilberto" (1963)




Astrud Gilberto:
"Be
ach samba" (1967)





Tom Jobim:
"Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim" (1967)




Os Mutantes:
álbum homônimo
(1968)





Caetano Veloso:
álb
um homônimo (1968)





Baden Powell:
"Canto on guitar" (1970)





Chico Buarque:
"Construção" (1971)





Milton Nascimento & Lô Borges:
"Clube da Esquina" (1972)





Gilberto Gil & Jorge Ben:
"Gil & Jorge
" (1975)





Jorge Ben:
"África-Brasil" (1976)




Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha:
''
Ao vivo no Canecão'' (1977)




Elis Regina:

"Vento de maio" (1978)





Caetano Veloso:

"Circuladô" (1991)





Sepultura:
"Roots" (1996)





Carlinhos Brown:
"Alfagamabetizado" (1996)





Maria Bethânia:
"Âmbar" (1999)





Bebel Gilberto:

"Tanto tempo" (2000).





''p.s.: Carlinhos Brown? Também não entendi.''

Este é um dos muitos livros que vale a pena se ter, não é perfeito (por incluir artistas como Britney Spears e Mariah Carey - risos -) mas é fundamental. ''1001 discos..." é sem dúvidas uma justa homenagem a todos aqueles que influenciaram e ainda influenciam o meio musical. Recomendo.

E pra quem ainda não comprou, fica aqui as listas com todos os álbuns do livro em ordem cronológica: Lists of Bests e Rock List Music.

Entrevista com o editor Robert Zimery - 20/10/2007:
(Publicado no Jornal do Brasil)


- Primeiro, as questões básicas. Quando surgiu a idéia de fazer o livro? E como o conceito do livro foi se desenvolvendo, à medida em que você compilava os verbetes?
Robert: Bem, a idéia surgiu há cerca de três anos. Sempre soubemos que o livro iria girar em torno do rock - quer dizer, o tipo de música popular baseada em guitarras, que tem dominado as paradas mundiais de forma constante desde a década de 1950. E esse conceito básico permaneceu intocado até o final. Entretanto, queríamos muito citar alguns álbuns-chave de outros gêneros, que pudessem ser um modo de as pessoas conhecerem outras formas de música. Então você vai achar Frank Sinatra, Ravi Shankar, Manu Chao, Stan Getz e Miles Davis ao lado de Guns N'Roses, The Smiths e White Stripes.


- E como os colaboradores foram escolhidos?
Robert: Trabalhei com alguns dos colaboradores americanos e britânicos, então apenas liguei para eles e os convidei. Mas queríamos fazer um apanhado bom de escritores de outros países, então acionamos pessoas que pudessem contactar jornalistas que escrevessem em fanzines, revistas, sites e jornais mundo afora. Conseguimos jornalistas musicais da Espanha, Hungria, África do Sul e Austrália, por exemplo, o que ajudou a formar uma base mais internacional para a compilação. Acho que há muitos artigos realmente bons, apaixonados na lista - o tipo de texto que faz o leitor ter vontade de sair correndo atrás dos discos citados!


- Listas de “melhores discos de todos os tempos” são facilmente encontráveis em revistas e sites. Você se diverte lendo-as?
Robert: Sim, eu gosto dessas listas todas. Afinal, eu sou um quarentão fã de música, e nossa tribo ama ler e fazer listas. Aquele filme Alta fidelidade é dolorosamente fiel à realidade!


- Diria que 1001 discos… é a “lista para acabar com todas as listas?”, então? O que, em sua opinião, o faz acreditar que o livro pode se destacar no meio de tantas outras listas?
Robert: Eu provavelmente não escolheria os mesmos 1001 discos se estivesse fazendo o livro agora. O gosto da gente muda o tempo todo. Mas acho que o livro é um excelente ponto de partida para se descobrir mais sobre um pouco da melhor música pop feita nos últimos 50 anos. Acho que o livro se destaca das outras listas porque tentamos cobrir territórios menos previsíveis, juntamente com os inevitáveis Beatles, Dylan e Radiohead de sempre. Eu quis incluir coisas bem inusitadas - disquinhos que não venderam muito quando saíram, material de pequenas bandas independentes, álbuns que não se encaixam em gêneros ou classificações fáceis. Por último, sei que sou suspeito para falar, mas o livro ficou realmente bonito. Muito mais que a maioria dos outros volumes similares, que costumam ter apenas texto, sem fotos. O design foi criado por um cara chamado Tristan de Lancey, que tinha algumas idéias bem decididas sobre como o visual do livro deveria ser. Ele fez um grande trabalho.


- Já ouviu todos os discos incluídos na lista? Quantos deles você possui, e quais são seus favoritos?
Robert: Não, não cheguei a escutar um por um. Embora, se conseguisse uns seis meses de folga num futuro próximo, possa tentar! Devo ter cerca de um terço dos discos que aparecem no livro. Mas é claro que editar um livro como esse realmente te inspira a procurar por nova música. Meus favoritos? Hmm, difícil! Sempre tive uma queda por guitarras jingly-jangly, como os Byrds ou The LA’s. Também dou uma nota alta a Rufus Wainwright, um compositor realmente talentoso. E os Pixies foram os Beatles de sua geração, ainda gosto muito deles.


- E quais dos discos citados você não suporta?
Robert: Odiaria ter de falar mal de qualquer um dos discos da lista! Acho que em cada um dos álbuns citados há alguma coisa interessante, de Britney Spears ao Einstürzende Neubauten, passando pelo Arcade Fire.


- Por outro lado, quais discos surgiram como surpresas agradáveis - álbuns os quais você nunca tinha ouvido e descobriu enquanto fazia o livro?
Robert: Diria que Sam Cooke é hoje essencial para mim. E o Live at the Star Club Hamburg, de Jerry Lee Lewis, é o mais definitivo disco de rock’n'roll que alguém pode querer ouvir. Já conhecia ambos os cantores antes de começar o livro, claro, mas os considerava artistas de singles. Não sabia que podiam produzir álbuns tão consistentes, também. Eu provavelmente incluiria Night Beat, mais um de Cooke, se estivesse fazendo o livro agora. E Missy Elliot. O jeito como ela revigorou o hip hop é extraordinário, e eu não conhecia bem o trabalho dela antes de começar o livro.


- A lista de discos que emerge do livro é fortemente baseada em artistas americanos e ingleses. Mas há alguns brasileiros mencionados: Gilberto Gil, Caetano Veloso, Carlinhos Brown. Você conhece o trabalho deles?
Robert: Tenho de admitir que meu conhecimento de música brasileira é muito limitado. Então foi excitante poder conhecer um pouco mais sobre os discos de seu país. Se o livro tivesse saído um ano mais tarde, me sentiria tentado a incluir o Cansei de Ser Sexy na lista; eles estão conseguindo um bom público por aqui. Já conhecia alguns dos discos clássicos de bossa nova, como o de Frank Sinatra com Tom Jobim. E adoro, adoro, adoro os Mutantes. Só no disco de estréia deles, há mais idéias do que na carreira inteira de muitas bandas. A mistura de vanguarda com pop que os Mutantes aperfeiçoaram é impossível de ser ignorada, e ainda influencia pessoas hoje em dia.


- Qual seria o “melhor uso” para 1001 discos…? Acha que o livro pode ser usado como ponto de partida para alguém que está apenas começando a conhecer música pop? Ou, ao contrário, seria mais adequado para os colecionadores incuráveis, que já possuem a maioria dos (ou quase todos) álbuns mencionados?
Robert: No fim das contas, o livro é realmente uma introdução, para pessoas que já sabem qual é seu tipo de música favorito, mas que querem expandir suas coleções em novas direções. Escolher a lista foi, como você pode imaginar, um grande problema! Há alguns discos no livro que são conhecidos pela maioria das pessoas, mas se não os tivéssemos incluído na lista, muita gente acharia que seria um jeito de “tirar onda”, excluindo discos clássicos. Como fazer uma lista dessas e não colocar Pet sounds ou Blonde on Blonde, por mais que todo mundo já conheça esses discos? Entretanto, sei que os jornalistas que colaboraram com o livro conseguiram acrescentar fatos novos e histórias surpreendentes em seus textos, mesmo quando escreviam sobre os discos mais manjados. Acho que é um livro bastante “pesquisável - você começa a ler sobre um disco e antes de perceber já vai estar pulando páginas, procurando por outro bem diferente. Agora, os leitores podem não concordar com todas as opiniões contidas no livro. Ou mesmo com o conjunto de discos que a lista representa. Mas se mesmo assim, o livro fizer com que as pessoas procurem e descubram mais música, então acho que nosso dever foi cumprido. O livro é só um ponto de partida, daí em diante é com o leitor.


Por mademoiselle M.

Vencedores do Globo de Ouro 2008

Desejo e ReparaçãoA greve dos roteiristas fez com que a tradicional cerimônia de entrega dos prêmios do Globo de Ouro fosse cancelada, sendo substituída por uma coletiva de imprensa na qual foram apresentados os vencedores. Um pouco menos de glamour não fará (fez) mal a ninguém.

Esta foi a 65ª edição do Globo de Ouro, prêmio concedido pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood anualmente e que é considerado uma importante prévia do Oscar, apesar de ser considerado um prêmio mais "sério" por grande parte da crítica.

Os resultados deste ano ficaram bem divididos, sendo que as principais categorias ficaram com os elogiados Desejo e Reparação (Atonement, que venceu como Melhor Filme e Trilha Sonora), Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (Melhor Filme de comédia ou musical e melhor ator na mesma categoria), Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country for Old Men, prêmio de Roteiro e Ator Coadjuvante) e Sangue Negro (There Will Be Blood, que levou o prêmio de Melhor Ator). O Escafândro e a Borboleta também se saiu bem, ficando com os prêmios de direção e filme estrangeiro.

A única grande perda ao não se realizar a cerimônia, na verdade, foi que os fãs perderam a oportunidade de ver Eddie Vedder cantando "Guaranteed", uma das músicas que o vocalista do Pearl Jam compôs para a trilha do filme Into the Wild (dirigido por Sean Penn) e que venceu o prêmio de Melhor Canção.

MELHOR FILME - DRAMA

Desejo e Reparação (Atonement - trailer)
Sangue Negro (There Will Be Blood - trailer)
Senhores do Crime (Eastern Promises - trailer)
Onde os Fracos não Têm Vez (No Country for Old Men - trailer)
O Gângster (American Gangster - trailer)
The Great Debaters - trailer
Conduta de Risco (Michael Clayton - trailer)

MELHOR ATRIZ - DRAMA

Julie Christie - Longe Dela (Away from Her)
Jodie Foster - Valente (The Brave One)
Cate Blanchett - Elizabeth - A Era de Ouro
Angelina Jolie - O Preço da Coragem (A Mighty Heart)
Keira Knightley - Desejo e Reparação

MELHOR ATOR - DRAMA

Sangue Negro Daniel Day-Lewis - Sangue Negro
Viggo Mortensen - Senhores do Crime
George Clooney - Conduta de Risco
James McAvoy - Desejo e Reparação
Denzel Washington - O Gângster

MELHOR FILME - COMÉDIA OU MUSICAL

Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Across the Universe
Jogos de Poder
Hairspray
Juno

MELHOR ATOR - COMÉDIA OU MUSICAL

Johnny Depp - Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Philip Seymour Hoffman - The Savages
Ryan Gosling - Lars and The Real Girl
Tom Hanks - Jogos de Poder
John C. Reilly - Walk Hard

MELHOR ATRIZ - COMÉDIA OU MUSICAL

Marion Cotillard
- Piaf
Amy Adams - Encantada
Nikki Blonsky - Hairspray
Ellen Page - Juno
Helena Bonham Carter - Sweeney Todd

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Cate Blanchett - I'm Not There
Saoirse Ronan - Desejo e Reparação
Julia Roberts - Jogos de Poder
Amy Ryan - O Medo da Verdade (Gone Baby Gone)
Tilda Swinton - Conduta de Risco

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Javier Bardem - Onde os Fracos não Têm Vez
Casey Affleck, O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford
Philip Seymour Hoffman - Jogos de Poder
John Travolta - Hairspray
Tom Wilkinson - Conduta de Risco

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO

Ratatouille
Os Simpsons - O Filme
Bee Movie - A História de Uma Abelha

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

O Escafândro e a Borboleta
4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias
O Caçador de Pipas (The Kite Runner)
Lust, Caution
Persépolis

MELHOR DIRETOR

Julian Schnabel - O Escafândro e a Borboleta
Joel Coen & Ethan Coen - Onde os Fracos não Têm Vez
Tim Burton - Sweeney Todd
Ridley Scott - O Gângster
Joe Wright - Desejo e Reparação

MELHOR ROTEIRO

Ethan Coen e Joel Coen - Onde os Fracos não Têm Vez
Diablo Cody - Juno
Christopher Hampton - Desejo e Reparação
Ronald Hardwood - O Escafândro e a Borboleta
Aaron Sorkin - Jogos de Poder

MELHOR TRILHA SONORA

Desejo e Reparação
Na Natureza Selvagem (Into the Wild)
Grace is Gone
O Caçador de Pipas
Senhores do Crime

MELHOR CANÇÃO

"Guaranteed" - Na Natureza Selvagem
"Despedida" - O Amor nos Tempos do Cólera
"Grace Is Gone" - Grace is Gone
"That's How You Know" - Encantada
"Walk Hard" - Walk Hard

MELHOR SÉRIE - DRAMA

Mad Men (AMC)
Amor Imenso (Big Love, HBO)
Damages (FX)
Grey's Anatomy (ABC)
House (Fox)
The Tudors (Showtime)

MELHOR ATRIZ EM SÉRIE - DRAMA

Glenn Close - Damages
Patricia Arquette - Medium
Minnie Driver - The Riches
Edie Falco - Família Soprano
Sally Field - Brothers & Sisters
Holly Hunter - Saving Grace
Kyra Sedgwick - The Closer

MELHOR ATOR EM SÉRIE - DRAMA

Jon Hamm - Mad Men
Michael C. Hall - Dexter
Hugh Laurie - House
Jonathan Rhys Meyers - The Tudors
Bill Paxton - Amor Imenso

MELHOR SÉRIE - COMÉDIA OU MUSICAL

Extras (HBO)
30 Rock (NBC)
Californication (Showtime)
Entourage (HBO)
Pushing Daisies (ABC)

MELHOR ATRIZ EM SÉRIE - COMÉDIA OU MUSICAL

Tina Fey - 30 Rock
Christina Applegate - Samantha Who?
America Ferrera - Ugly Betty
Anna Friel - Pushing Daisies
Mary-Louise Parker - Weeds

CalifornicationMELHOR ATOR EM SÉRIE - COMÉDIA OU MUSICAL

David Duchovny - Californication
Alec Baldwin - 30 Rock
Steve Carell - The Office
Ricky Gervais - Extras
Lee Pace - Pushing Daisies

MELHOR MINISSÉRIE OU TELEFILME

Longford (HBO)
Bury my Heart at Wounded Knee (HBO)
The Company (TNT)
Five Days (HBO)
The State Within (BBC America)

MELHOR ATRIZ EM MINISSÉRIE OU TELEFILME

Queen Latifah - Life Support
Bryce Dallas Howard - As You Like It
Debra Messing - The Starter Wife
Sissy Spacek - Pictures of Hollis Woods
Ruth Wilson - Jane Eyre

MELHOR ATOR EM MINISSÉRIE OU TELEFILME

Jim Broadbent - Longford
Adam Beach - Bury my Heart at Wounded Knee
Ernest Borgnine - A Grandpa for Christmas
Jason Isaacs - The State Within
James Nesbitt - Jekyll

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE, MINISSÉRIE OU TELEFILME

Samantha Morton - Longford
Rose Byrne - Damages
Rachel Griffiths - Brothers & Sisters
Katherine Heigl - Grey's Anatomy
Anna Paquin - Bury my Heart at Wounded Knee
Jaime Pressly - My Name is Earl

MELHOR ATOR COADJUVANTE EM SÉRIE, MINISSÉRIE OU TELEFILME

Jeremy Piven - Entourage
Ted Danson - Damages
Kevin Dillon - Entourage
Andy Serkis - Longford
William Shatner - Boston Legal
Donald Sutherland - Dirty Sexy Money

Por Marcelo Santiago

Os melhores vídeos "indie" de 2007

...segundo a MTV americana. A lista foi publicada no site da emissora, mas o acesso é restrito a pessoas nos Estados Unidos. Então, a menos que você drible o sistema do site para fingir que sua conexão não é "from Brazil", aproveite os players do YouTube abaixo.

A seleção é bastante irregular e ignora a maior parte da produção européia, focando-se em alguns grupos pouco expressivos da cena norte-americana.

01. Pinback - From Nothing to Nowhere
- Difícil entender essa escolha, mas a música é boa, apesar do clipe não ter nada de mais.


02. Ted Leo & The Pharmicists - Bomb. Repeat. Bomb.
- Punk político.


03. Queens Of The Stone Age - Sick Sick Sick
- Precisa dizer alguma coisa?


04. Albert Hammond Jr. - 101
- O guitarrista do Strokes em sua empreitada solo se saiu muito bem e ainda fez esse vídeo divertido e leve, como suas músicas.


05. 1990s - See You At The Lights
- Banda mediana, vídeo ruim.


06. M.I.A. - Boyz
- Dói os olhos de tantas cores. Brega, brega, brega. E brega.


07. P.O.S. - Bleeding Hearts Club (MPLS Chapter)
- Como era de se esperar, entrou rap na lista. Clipe ordinário, música idem.


08. Battles - Atlas
- Uma das bandas alternativas mais comentadas de 2007, mas esse vídeo perde em muito se comparado ao outro da banda, feito para a música "Tonto".


09. Yeah Yeah Yeahs - Down Boy
- Simples e direto.


10. Cavil at Rest - Who's There
- Indie rock típico com pitadas power pop já deu no saco.


11. Glen Hansard & Marketa Irglova - Falling Slowly
- Música melosa. Destoa totalmente do restante da lista.


12. The National - Apartment Story
- Grande canção desta que é uma das bandas alternativas mais elogiadas pela crítica em 2007. O vídeo segue no clima arrastado e melancólico da banda.


13. Aesop Rock - None Shall Pass
- Animação e colagens para o hip hop underground do grupo. Só pelos personagens já valeria a pena.


14. Minus The Bear - Knights
- Um dos melhores usos do efeito de espelhagem em vídeos que já vi. Assista chapado e frite seu cérebro.


15. The Shins - Australia
- Liberar balões da escravidão, usar roupas coloridas em dias ensolarados, fazer canções pop para pessoas sensíveis... isso é The Shins.


16. Interpol - The Heinrich Maneuver
- Uma das melhores músicas do último álbum da banda, Songs to Admire, e um vídeo, no mínimo, não-convencional.


17. The Apples in Stereo - Energy
- O maior atrativo deste vídeo é ser a estréia do ator Elijah Wood na direção...


18. Chin Up Chin Up - This Harness Can't Ride Anything
- Animação tosca para essa banda que, sinceramente, nunca havia ouvido falar. Indie rock animadinho mas sem muitos atrativos.


19. Silversun Pickups - Lazy Eye
- Hit da MTV 2. Pop descompromissado e um pouco melancólico que dá vontade de ouvir muitas e muitas vezes.


Por Marcelo Santiago

Cat Power

Cat PowerAchei que era muita pretensão minha querer falar da Cat Power depois de conhecer apenas um CD da moça. Fui então me informar mais e baixar alguns CD's de sua carreira, que começou em 94 com Dear Sir. Acho que posso falar com mais prioridade agora.

Dear SirCat Power, ou Chan Marshall (foto), já gravou 08 CD's. Um fato curioso é que ela gravou seu primeiro e segundo CD (Myra Lee) no mesmo dia, mas eles foram lançados com um ano de diferença.

Dear Sir foi um dos CD's que baixei e que me pegou desprevenida logo na primeira música. Mesmo sem ter a letra em mãos me apaixonei de cara por "3 Times". Em 1996, Chan lançou What Would The Community Think e resolveu dar uma parada. Chan estava deprimida com seu sucesso, ou com a falta dele, e resolveu quase que fazer um retiro espiritual. Foi para uma casa no interior dos Estados Unidos e não quis mais saber de música. Entretanto, depois de um terrível pesadelo, ela voltou para o meio musical e gravou Moon Pix. Um CD triste, é verdade, mas tão gostoso de se ouvir... É neste CD que encontramos "Metal Heart".


A voz de Cat é avassaladora, às vezes doce, puxada, arrastada ou rouca, o que pode dar mais veemência à música ou simplesmente estragá-la.

Em 2000, ela lançou o CD The Records Cover. Como o próprio nome diz, Cat cantou covers como "Satisfaction", dos Rolling Stones, e "Paths of Victory", de Bob Dylan. E pasmem! O CD foi gravado em apenas dois dias!! Foi mais ou menos nesta época que Chan veio ao Brasil e fez o pior show que alguém poderia assistir. Ela estava tão bêbada que nem conseguia cantar as músicas. Depois veio You are Free, que contou com as participações de peso de Eddie Vedder e Dave Grohl. Considerado o álbum mais "rock" de Cat, encontramos "He war" e um videoclipe!




The GreatestChegamos então a The Greatest, considerado pela crítica o melhor álbum de Cat Power. Eu gostei muito. Chan passa mais segurança nas letras e principalmente na voz. As faixas destaques são "Empty Shell", "The Greatest" e "Lived in Bars" que é até mais feliz, saindo um pouco do que Chan é acostumada a cantar.


JukeboxAgora longe das drogas e da bebida, Chan lança seu mais novo trabalho. Jukebox é uma continuação proposital de The Covers Records. Mas este CD não é apenas uma cópia barata das músicas que Chan resolveu "recantar". Ela pôs novos arranjos e trouxe músicas com novas roupagens, a exemplo de "New York, New York" que está irreconhecível. Não só de covers é feito este CD. "Song to Bobby", dedicada a Bob Dylan, e "Metal Heart" são de autoria da cantora, compositora, pianista, guitarrista e, nas horas vagas, poeta, Chan Marshall.


Mas... qual o estilo de Cat Power? "Blues contemporâneo"? "Rock independente moderno sem banda"? "Música independente moderna"? Essas foram as repostas que Cat deu em uma entrevista. Bom, se ela mesma não sabe se classificar imagine eu!!!


O fato é que ela é considerada "A" Diva do indie rock e merece o cargo.


Por Alessandra dos Santos